A Liberdade de Foreverland (Ago/09)

sábado, agosto 08, 2009

Um raro momento de lucidez nos últimos anos da vida de Michael Jackson aparentemente resultou no artigo “My Childhood, My Sabbath, My Freedom”, publicado no site Beliefnet.com em dezembro de 2000 (http://www.beliefnet.com/Faiths/2000/12/My-Childhood-My-Sabbath-My-Freedom.aspx).

A religião de Michael Jackson raramente foi alvo dos holofotes que o cercaram, mas certamente esteve presente em sua trajetória. Ele cresceu em contato com as Testemunhas de Jeová, religião da sua mãe, teve uma babá judia chamada Rose Fine, e boatos não comprovados anunciaram a sua conversão para o Islamismo mais recentemente. Exatamente por isso, talvez o artigo escrito por incentivo do rabino amigo Shmuley é ainda mais curioso.

A partir da experiência de um sábado na casa do rabino, recordações da infância traumática e insights sobre a alegria decorrente da observância da ordenança bíblica são registrados e questionados. Já que a sua influência apontava para o sábado como sendo o domingo (para as Testemunhas de Jeová), o sábado (para os Judeus) ou a sexta-feira (para os Muçulmanos), note apenas o conceito geral sobre o sábado nos trechos extraídos do artigo:

“Mais do que qualquer outra coisa, eu queria ser um menino normal. Queria construir casas na árvore e participar de festas de patins. Mas muito cedo, isso tornou-se impossível. Tive que aceitar que a minha infância seria diferente da dos outros. Mas isso sempre me fez imaginar como seria uma infância comum. Havia um dia da semana, no entanto, no qual eu podia fugir dos palcos de Hollywood e das multidões dos teatros. Era o sábado.”

“Os domingos eram dias para “evangelização”, termo usado para o trabalho missionário que as Testemunhas de Jeová fazem. Eu passava o dia nos subúrbios do Sul da Califórnia, indo de porta em porta ou rodando pelos shoppings, distribuindo a nossa revista da Torre de Vigia. ... Os domingos também eram sagrados por duas outras razões na infância. Eram o dia que eu ia à igreja e o dia que mais eu ensaiava. Isso pode parecer contra a ideia de “descanso no Sábado”, mas era a maneira mais sagrada que podia passar o tempo: desenvolvendo os talentos que Deus havia me dado.”

“A igreja era um presente. Era novamente a chance para mim de ser ‘normal’. ... Eu sinto falta da noção de comunidade que eu sentia lá—tenho saudade de amigos e pessoas que me tratavam como um deles. Simplesmente humano. Passando um dia com Deus. ... Os meus dias mais preciosos como criança eram aqueles domingos que eu podia ser livre. Isso é o que o Sábado sempre foi para mim.”

“Em todas as religiões, o Sábado é um dia que permite e requer que os fiéis deixem as coisas do dia-a-dia e focalizem no excepcional. Aprendi algo sobre o Sábado judaico particularmente através de Rose, e posteriormente o meu amigo Shmuley explicou como, no Sábado judaico, as tarefas do dia-a-dia como cozinhar, fazer compras e cortar a grama são proibidas para que a humanidade possa tornar o comum em extraordinário e o natural em miraculoso. Nesse dia, o Sábado, todos no mundo podem parar de ser comum.”

A Bíblia também fala sobre Michael (ou Miguel, em português). Ele é um dos primeiros príncipes (Dn 10:13), o Arcanjo (Judas 1:9), Aquele cuja voz há de ressuscitar os mortos em Cristo (1 Ts 4:16) e, portanto, o próprio Cristo.

É impossível saber todos os detalhes da vida de Michael, o Jackson, mas em meio a tantas excentricidades, parece real que em alguns momentos ele se deparou com verdades sobre Michael, o Arcanjo. Mas também parece claro que a sua opção diante dessa revelação foi negar a oportunidade de reviver a verdadeira liberdade da sua infância nos sábados da Nova Terra, ou Foreverland (A Terra do Sempre), ou a sua vida não seria marcada por tantas insatisfações, escândalos, aberrações e o final trágico que teve.

Apesar de idolatrado, deificado e reverenciado por tantos, o próprio significado do nome Miguel, “Quem é como Deus?”, deveria colocar os fatos na verdadeira perspectiva.

Aproxima-se o tempo em que Miguel, o Arcanjo, trará salvação a todos que resolveram segui-lO, imitá-lO e anunciá-lO. “Nesse tempo, se levantará Miguel, o grande príncipe, o defensor dos filhos do teu povo, e haverá tempo de angústia, qual nunca houve, desde que houve nação até àquele tempo; mas, naquele tempo, será salvo o teu povo, todo aquele que for achado inscrito no livro” (Dn 12:1).

Marcelo E. C. Dias -- Revista Adventista (Ago/09)

Extressado! (Ago/09)

“Não se preocupem com a comida e com a bebida que precisam para viver nem com a roupa que precisam para se vestir.” Mateus 6:25

Ao quase completar um ano de crise econômica mundial, tenho a impressão que não erraria se eu arriscasse dizer que esse foi um período (ou ainda está sendo) de estresse. Um período de mudanças rápidas afetando a todos e configurando incertezas sobre o futuro só poderia gerar esse resultado.

Muitos empreendedores afirmam ser movidos pelo estresse, mas existe uma diferença importante entre a pressão saudável e o estresse tóxico. Alguns podem gostar do desafio de fechar um negócio, encontrar um problema ou resolver um conflito entre empregados, mas quando essa pressão produz a perda da paciência, erros e alienação, certamente não é positiva.

Uma pesquisa realizada pela Free & Clear, no final do ano passado, descobriu que 86% das empresas estão preocupadas com o nível de estresse entre os empregados (em 2006, as empresas gastaram 136 dólares por empregado devido ao estresse, segundo o Dr. Ron Goetzel, diretor do Instituto para Estudos sobre Saúde e Produtividade da Universidade Cornell) e 88% das companhias acreditam que as dificuldades econômicas têm afetado o nível de estresse dos trabalhadores. Mais recentemente a Universidade de Harvard constatou essa realidade. Uma pesquisa divulgada no mês de julho indicou que o estresse relacionado às demandas no trabalho e à dificuldade de pagar as contas estaria associado ao ganho de peso em homens e mulheres, bem como doenças cardíacas, pressão alta e aumento do risco de câncer.

O estresse, que chega a ser duas vezes mais freqüente nas mulheres, é uma resposta geral a uma situação que aplica uma demanda física ou psicológica especial em alguém. Cada um reage aos acontecimentos de forma diferente por duas razões: não se interpreta as situações da mesma maneira e não se tem os mesmos recursos e habilidades.

A maioria dos especialistas concorda que estes ingredientes resultarão numa vida menos estressada: exercício físico, delegação de tarefas, abstinência de vícios, alimentação balanceada, hábitos respiratórios corretos, descanso adequado, relacionamentos de confiança e meditação.

Meditação? Exatamente nesse sentido, um estudo da Universidade de Toronto, pelo professor Michael Inzlich, interessado nas diferenças de atividades do cérebro entre as pessoas, sugeriu que as religiosas conseguem lidar melhor com o estresse. Inzlicht disse que a religião ajuda as pessoas a saber o que fazer, aonde ir, que decisão tomar. Essa noção de significado reduz sua ansiedade. Em 2005, o Professor Rajeev Dehejia, da Universidade Columbia, chegou a uma conclusão parecida. Ele notou que se alguém levar a doutrina da religião à sério, a religião não garantirá o seu salário, mas mudará a maneira de reagir aos choques negativos. Segundo sua pesquisa, só acreditar não é suficiente, a pessoa precisa participar da religião para ser capaz de lidar com o estresse.

Jesus Cristo já havia anunciado essas descobertas, há quase 2 mil anos: “Venham a Mim, todos vocês que estão cansados de carregar as suas pesadas cargas, e Eu lhes darei descanso. Sejam Meus seguidores e aprendam comigo porque sou bondoso e tenho um coração humilde; e vocês encontrarão descanso” (Mateus 11:28 e 29 NTLH).

“Não se preocupem com a comida e com a bebida que precisam para viver nem com a roupa que precisam para se vestir. Afinal, será que a vida não é mais importante do que a comida? E será que o corpo não é mais importante do que as roupas? E nenhum de vocês pode encompridar a sua vida, por mais que se preocupe com isso. Portanto, ponham em primeiro lugar na sua vida o Reino de Deus e aquilo que Deus quer, e Ele lhes dará todas essas coisas” (Mateus 6:25, 27 e 33).

Jesus faz uma comparação curiosa e declara a exclusividade da Sua bênção: “Deixo-vos a paz, a Minha paz vos dou; não vo-la dou como a dá o mundo. Não se turbe o vosso coração, nem se atemorize” (João 14:27).

Portanto, aqui está o segredo de um programa gratuito, encontrado na Bíblia, para lidar com o estresse: crença e confiança em Deus através da oração, do louvor, da meditação na Bíblia e do relacionamento com o próximo. Torne-se um extressado!


Marcelo E. C. Dias -- Revista Destaque Empresarial (Ago/09)

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