Recursos Complementares e Bibliografia para "Evangelizando com as Portas Fechadas" - Revista O Ministério

segunda-feira, março 29, 2010

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5 Princípios Práticos


Os espaços usados para adoração e ministério não surgem do acaso, devem ser desenvolvidos com intenção e planejamento. Poucas oportunidades de liderança na igreja têm o potencial de beneficiar a curto, médio e longo prazos como reformas e construções. Desenvolva essas questões com a sua igreja, com os líderes e com a comissão de construção, e convide-os a sugerir ideias para promover a centralidade de Deus na adoração e a aproximação dos vizinhos na ministração. No entanto, não perca o controle da situação e não se desespere: É impossível agradar a todos!

1. Caminhe pelas dependências da igreja em oração pedindo que o Espírito Santo o ilumine em relação às necessidades da igreja e estabeleça um programa com o ministério de oração pelos planos da igreja.

2. Lembre-se da sua primeira impressão ao assumir a igreja. É provável que naquele momento você tenha feito observações importantes quanto à estrutura da igreja.

3. Peça a opinião da sua esposa e outras mulheres da igreja. Homens e mulheres notam coisas diferentes e, normalmente, as mulheres são mais detalhistas.

4. Converse com profissionais da área de arquitetura, decoração, engenharia, manutenção, paisagismo, na igreja. Eles tem o famoso olho clinico.

5. Visite a igreja com um amigo que nunca tenha estado ali antes. Um visitante real da igreja possivelmente o alertará para aspectos despercebidos dos que frequentam o local usualmente. Considere utilizar a pesquisa de opinião disponibilizada na internet para este propósito.

”Não se deve permitir que a mente e o juízo de um homem se tornem regra em todos os casos em que se trata da construção de uma igreja. Abrange todo membro da igreja que possa levar responsabilidades, e o pastor não é o único homem que deve fazer essa obra. ... Esta é a lição que devemos aprender: buscar o parecer e o julgamento de nossos irmãos e não avançar sem sua opinião, conselho e cooperação.” Carta 49, 1900.


10 Aspectos de um Local de Adoração Apropriado
(Adaptados de 10 Simple Rules for Designing a Great Worship Space)


É importante que os detalhes sejam estudados e escolhidos com cuidado. Atualmente a maioria das Associações dispõe de profissionais que ajudarão o pastor, a Comissão de Construção e a igreja a decidir o momento e o estilo mais apropriado. Planeje cuidadosamente antes de começar a construção para que ela não demore mais do que dois ou três anos. Alguns dos efeitos negativos de uma construção parada pela metade ou que demora mais do que esse tempo são quase irreversíveis.

É possível que, entre os membros, também exista profissionais que possam dar valiosas contribuições. Se o projeto não for desenvolvido pela Associação, prefira arquitetos que tenham experiência com igrejas, de preferência, adventistas. Aaron Zephir trabalhou com três perguntas, na sua pesquisa, que podem ser úteis neste momento: Como os aspectos litúrgicos são reforçados e apoiados pela arquitetura? Como a estética comunica a cosmovisão da igreja? Como a dimensão ética (sustentabilidade, eficiência energética, etc) pode se tornar visível?

1. Teto alto. Tetos altos ajudam a criar a ideia de que o espaço é importante, estabelecer a noção de reverência e criar a acústica necessária para a música e a projeção da voz.

2. Simetria. Use espaços proporcionais para criar ambientes simétricos de adoração. O santuário, a plataforma, o púlpito, o batistério devem ficar em posição que a maioria da congregação tenha visão desobstruída. Use simetria na posição dos bancos também, levando em consideração a facilidade de acesso. Lembre-se que a igreja será utilizada para casamentos e funerais.

3. Cores. Use cores que criam interesse, favorecendo os tons pastéis claros. Nas paredes internas, os brancos, cremes e derivados facilitam a atmosfera de adoração.

4. Acabamento. Texturas, tecidos, revestimentos, ajudam a estabelecer o tom da adoração. Aproveite esses recursos para adicionar cor e “aquecer” o ambiente.

5. Arte. A igreja adventista utiliza poucas obras de arte mas, em alguns lugares, quadros são bem-vindos, bem como fontes de água, murais, mosaicos, etc. Talvez o recurso mais tradicionalmente desejado seja o vitral.

6. Iluminação. Escolha um projeto de iluminação que seja tanto funcional como decorativo. Lembre-se de que o lugar para onde a atenção deve estar voltada tem de ser o mais iluminado.

7. Paisagismo. Num país tropical como o Brasil, a integração da natureza no ambiente de adoração pode ser facilmente realizada. Existem diversas possibilidades, desde jardins internos até áreas verdes externas.

Obviamente na fase dos projetos a igreja deve analisar a condição e o compromisso com a manutenção após finalizada. Se a congregação não tiver condições de manter um determinado projeto, tanto financeiramente como em termos de compromisso voluntário, é melhor simplificar.

8. Móveis. Assim, como numa casa, os móveis fazem o ambiente. O estilo e cor devem combinar com o restante do projeto criando o ambiente de adoração. Conforto e qualidade no entanto têm que ser levados em conta porque influenciarão a experiência de culto na igreja a médio e longo prazo.

9. Áudio e Vídeo. Apesar de não ficar à vista, quando não funcionam, esses itens são facilmente percebidos e, muitas vezes, tornam-se, literalmente, um ruído na comunicação. Para esta parte, como para as demais, a consulta profissional é fundamental. Como o investimento nessa área costuma ser grande, acerte na primeira vez.

A tecnologia transformou a maneira como as pessoas se relacionam no século 21, principalmente através das redes de relacionamento. Os contatos são intermediados pela tecnologia. Ao usar os meios modernos de comunicação para expandir o impacto do seu ministério, como promover o encontro face a face? Como ser uma igreja encarnada usando tecnologias desencarnadas?

10. Acessos. Alguns dizem que o relacionamento de uma pessoa com a igreja se inicia quando ela sai de casa. Portanto, situações envolvendo o estacionamento, a recepção e o acesso também podem influenciar positiva ou negativamente. Uma prova de que normalmente não pensamos assim é o fato de raramente encontrarmos indicação de onde ficam os banheiros, pois simplesmente assume-se que todo mundo sabe. Imagine, então, a situação de alguém que visita a igreja pela primeira vez e não entende o sistema de unidades da Escola Sabatina. Ou não sabe qual é a porta pela qual ela deve entrar para ser o mais discreta possível e não aparecer repentinamente na plataforma!

Lembre-se de ser o mais inclusivo possível. Atente para as necessidades de deficientes visuais e físicos. A estrutura física da igreja, em si, pode não causar o crescimento na igreja, mas definitivamente é capaz de conspirar fortemente contra ele.

Por fim, jamais se esqueça do banheiro feminino e do berçário. Nas construções e reformas, procuramos dar atenção ao banheiro feminino, mas na inexperiência de não ser pai ainda, deixei o berçário de lado. Hoje entendo bem melhor os transtornos de estar em um local sem condições apropriadas para cuidar de um recém-nascido.



Pesquisa sobre Aspecto Físico da Igreja


Assinale todas as que forem verdadeiras:

Eu sou um...

_______ Membro da igreja

_______ Frequentador da igreja

_______ Visitante

_______ Cristão

_______ Interessado espiritual

_______ Evangélico

_______ Católico

_______ Ateísta

Quando você preencheu esta pesquisa?

_______ Culto de sábado

_______ Culto de domingo

_______ Culto de oração

_______ Culto Jovem

_______ Outro:________

1 = Discordo Completamente
2 = Discordo Parcialmente
3 = Discordo Ligeiramente
4 = Concordo Ligeiramente
5 = Concordo Parcialmente
6 = Concordo Completamente

_______1. Quando você chega e olha para a fachada da igreja, você se sente bem-vindo.

_______2. Você consegue identificar o estacionamento e o prédio facilmente.

_______3. Quando entra no prédio, sabe para onde ir.

_______4. Avisos pela igreja claramente conduzem você para onde quer ir.

_______5. Ao caminhar pela igreja, você se sente confortável.

_______6. O prédio aparenta estar em boa manutenção, limpo e arrumado.

_______7. A igreja aparenta estar atualizada e apropriada para a cultura de hoje.

_______8. Os vários espaços da igreja são apropriados para o seu uso. Por exemplo, você se sente bem-vindo na recepção e tem vontade de adorar no santuário. Liste os espaços aparentemente desconectados do seu uso.

_______________________________________________________________________

_______9. Baseado no que você vê, você acredita que se relacionará com outras pessoas aqui.

_______10. Se for a sua primeira ou segunda visita, está interessado em continuar frequentando esta igreja.

_______11. Por favor, descreva outras impressões sobre a igreja:

_____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

Some os pontos e descubra a mensagem que as pessoas estão recebendo da sua igreja:

Total 50 – 60: "Bem-vindo, aqui é o seu lugar."

Total 40 – 50: "Provavelmente você é bem-vindo." Visitantes podem experimentar a sua igreja, mas é bom priorizar algumas reformas.

Total 30 – 40: "Talvez você seja bem-vindo." O tapete de boas-vindas está na porta de entrada, mas é o mesmo desde 1977. Ele está gasto!

Total 20 – 30: "Bem-vindo, se você for um dos nossos." É hora de mudar algumas coisas na aparência da igreja, mas também na saúde espiritual dela.

Total 10 – 20: "Mene, Mene, Tekel, Parsin" (Daniel 5:25). Talvez você precise pensar em um novo terreno ou numa reforma completa.


Bibliografia

1 Gary McIntosh, Beyond the First Visit: The complete guide to connecting guests to your church. Grand Rapids, MI: Baker Books, 2006, p. 8.


2 Tahiane Stochero, “São Paulo Ganha um Novo Templo Religioso a Cada Dois Dias”, O Globo (25/01/2009) http://oglobo.globo.com/sp/mat/2009/01/25/sao-paulo-ganha-um-novo-templo-religioso-cada-dois-dias-754136573.asp (acessado em 24/01/10).

3 Richard Kieckhefer, Theology in Stone: Church architecture from Byzantium to Berkeley. Oxford: Oxford University Press, 2004, p. 10.

4 Paul Lois Metzger, “Walls Do Talk”, Leadership (Outono, 2009), p. 21.

5 Mark A. Torgerson, An Architecture of Immanence: architecture for worship and ministry today. Grand Rapids, MI: W. B. Eerdmans, 2007, p. x.

6 Roy Allan Anderson, “The Supremacy of Worship”, Ministry (Julho, 1957), p. 5.

7 Ellen G. White, Review and Herald, Nov. 30, 1886.

8 Aaron M. Zephir, “God Is in the Details: Architectural Evangelism in South Baltimore” Tese de mestrado, 2005.

9 Moyra Doorly, No Place for God, São Francisco, CA: Ignatius Press, 2007, p. 1.

10 Márcio Dias Guarda, “A Igreja Precisa de Templos?” Revista Adventista (Março, 2000), p. 11.

11 Audrey Barrick, “Unchurched Prefer Cathedrals Over Contemporary Church Buildings” Christian Post (7/4/08) http://www.christianpost.com/article/20080407/unchurched-prefer-cathedrals-over-contemporary-church-buildings/index.html (acessado em 08/02/10).

12 James F. White em Protestant Worship and Church Architecture, citado por Mark Torgerson, p. 11.

13 O website oficial do Dr. Neville Clouten é www.nevilleclouten.com.

14 “Sacred Space, Shared Space”, Leadership (Outono, 2009), 28.

15 Bispo John A. T. Robinson em Making the Building Serve the Liturgy, citado por Mark Torgerson, p. 43.

16 White, Testemunhos Para a Igreja, Tatuí, SP, Casa Publicadora Brasileira, v. 6, p. 100. (1900).

17 White, Evangelismo, Tatuí, SP, Casa Publicadora Brasileira, p. 377.

18 Davis Byrd citado por Charles Willis em “Buildings Do Not Cause Growth, Architect Tells Church Leaders” http://legacy.pastors.com/RWMT/article.asp?ID=22&ArtID=692 (acessado em 24/01/10).

19 Gary Nicholson, Church Growth and Church Facilities, LifeWay church resources http://www.lifeway.com/churcharchitecture/downloads/growth.pdf (acesssado em 24/01/10).

20 Fenton Edwin Froom, “How Visible is Your Church?” Ministry (Agosto, 1960), p. 18.

21 Guarda, p. 12.

22 Christian A. Schwarz. Natural Church Development: A guide to eight essential qualities of healthy churches. Carol Stream, IL: ChurchSmart Resources, 1998, p. 27.

23 Paul G. Hiebert. Transforming Worldviews: An anthropological understanding of how people change. Grand Rapids, MI: Baker Academic, 2008, p. 291.

24 White, Atos dos Apóstolos, Tatuí, SP: Casa Publicadora Brasileira, 2001, p. 37.

25 Carl H. Droppers, “What Does Adventist Architecture Say?” Ministry (Julho, 1975), p. 11.

26 146th Annual Statistical Report--2008, General Conference of Seventh-day Adventists, http://www.adventistarchives.org/docs/ASR/ASR2008.pdf#view=fit (acessado em 24/01/10), p. 24.