Escola pública ou denominacional? Roupas da moda ou turbantes? Dieta especial ou feijoada e frutos do mar? Sexta, sábado ou domingo como dia santo? Abstinência do álcool ou beber socialmente? Transfusão de sangue ou não?
Esses são exemplos de escolhas que todos fazem em algum momento da vida. Decisões que, algumas vezes, são um pouco complicadas e exigem mais do que simplesmente uma opção por A ou B. Imagine então, quando em um lar, um cônjuge fez uma escolha e o outro, uma diferente.
Esta época do ano parece trazer desafios especiais para essas casas. O natal está chegando. Para os muçulmanos é o mês, Ramadan, de jejuar que concluiu com a festa sagrada do Eid al-Fitr esta semana. Os judeus acendem as últimas velas do Hanukkah nesta sexta. Domingo é o dia do Bodhi, a comemoração da iluminação do Buda. No lar, um cônjuge segue uma religião e o outro, outra. E os filhos?
A solução simplística e óbvia, que até parece um cliché para a geração atual, pode ser um acordo onde cada um “respeita” ou concorda em cada uma das decisões.
Parece que na realidade não funciona bem assim O que acontece nos lares? Resposta: divórcio.
A cacofonia proposital do título tem como propósito chamar a atenção para um artigo publicado pelo USA Today, um dos principais jornais dos EUA, esta semana, que divulga o resultado de uma pesquisa realizada em lares que abrigam mais de uma religião. Segundo o jornal, 22% dos lares americanos estão classificados dessa forma. Mas o destaque da pesquisa realizada pela ARIS (American Religious Identification Survey 2001) ficou por conta da descoberta que de todos os adultos americanos que têm filhos com alguém de outra fé, 10% estão divorciados, comparado com 3% para pais que compartilham a mesma religião.
Curiosamente o assunto tem chamado a atenção da imprensa devido ao número crescente de processos na justiça resultantes de conflitos nos lares devido a dificuldade de definirem a educação religiosa dos filhos. Casais, procurando evitar futuros conflitos, chegam ao ponto de preparar contratos pré-nupciais que incluem até a altura exata da árvore de natal.
O artigo ainda mostra o contraste de idéias entre grupos como o Dovetail Institute, que produz material para lares que procuram conciliar mais do que uma fé, e o InterfaithFamily.com, que procura demonstrar os benefícios de os pais escolherem uma religião para os filhos quando pequenos.
Na mente da maioria dos jovens adventistas em algum momento já passou aquele questionamento quanto ao envolvimento emotivo com alguém de outra fé. Vários tiveram experiências nesse sentido. Em cidades onde a comunidade adventista é pequena, isso ocorre ainda com maior freqüência. Com o raciocínio lógico de que muitas pessoas de outras religiões teriam um caráter melhor do que os próprios adventistas, jovens acabam aprovando essas aproximações.
A Bíblia no entanto é clara. Da mesma forma, os conselhos do Espírito de Profecia. E, obviamente, as outras fontes, como essas pesquisa, vêm a comprovar. Em nenhum momento existe o questionamento sobre o caráter das pessoas, mas o inevitável conflito existente entre duas religiões. Na verdade, o resultado pior pode não sobrar para você, mas para a sua geração.
Algo a se pensar!
Fé Demais em Casa
sábado, julho 29, 2006
Postado por Pr. Marcelo Dias às 3:27 PM
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